Polarizações destrutivas

Com mais polarizações, aumenta a tentação de enquadrar tudo em esquemas binários. A luta ideológica radicalizada deixa de lado o diagnóstico em benefício da agressividade verbal, do ardor retórico, do exagero performático. Para que tenha efeito, tudo é simplificado ao extremo, vira coisa plana, rasteira.

Suicídio em banho-maria

Sem o PSDB em boas condições, e com os demais partidos enfraquecidos como estão, diminuem as chances de que se possa ter, em 2018, um polo democrático que impulsione um bom debate democrático e articule uma saída mais razoável para o país. A macro-polarização que se anuncia ganhará contornos catastróficos.

A segunda chance de Temer

Temer não ficará sangrando em céu aberto, ainda que parte de suas vísceras estejam expostas. Pesará nada em sua sucessão, com poder zero para influenciá-la. Há uma interrogação flutuando sobre ele: como chegará até o fim?

O país possível

Eleições diretas não deveriam ser desperdiçadas. Se nada acontecer de substantivo no próximo ano e meio, elas de pouco servirão. Não trarão nenhuma visão de futuro, nenhum entusiasmo cívico. Serão arranca-rabos entre candidatos conhecidos, com estratégias de marketing e campanhas negativas que já vimos para onde podem nos levar.