
Diário do Confinamento 7:
Deixar sangrar, o risco
É preciso olhar o todo. O perigo que nos ameaça vem da falta de governança, do atrito artificial criado entre alas, pessoas e autoridades
É preciso olhar o todo. O perigo que nos ameaça vem da falta de governança, do atrito artificial criado entre alas, pessoas e autoridades
Deixar de ficar em casa não é uma questão econômica, ligada à retomada dos negócios. Só terá sentido se souber se articular com a preservação da vida.
O governo perde com a saída de Moro, um ativo simbólico importante. Agora, enquanto limpa as gavetas, Moro poderá esclarecer se sua aventura como Ministro da Justiça valeu a pena
Há um personagem sendo levado pelos aplausos fáceis, tirando vantagem da lentidão das instituições, jogando um partido contra outro, governadores contra prefeitos, povo contra povo.
Perdeu sobretudo a batalha pelo respeito e pelo coração dos brasileiros. Ficaram com ele somente os prosélitos, os fanáticos de sempre
Em janeiro, São Paulo anunciou um plano de prevenção e a formação de um comitê estratégico. Era um alerta claro. Só que ninguém prestou atenção.
Teremos uma overdose de vida digital. De que maneira sairemos, com qual bagagem? Que lições tiraremos? O confinamento mostra a cara feia do mundo, o egoísmo e a generosidade.
Sem a criação de um espaço político mais generoso e unitário, será difícil projetar o futuro e governar o País. A sociedade vive profundo mal-estar, falta serenidade para quase tudo, a tensão é alta. A resposta dos dos governos e dos políticos tem sido insuficiente para sugerir um caminho.