Descubra esse livro inteiramente dedicado a examinar os temas e problemas atuais, da ascensão da extrema direita ao populismo, da vida digital ao identitarismo

Numa dinâmica e instigante conversa, publicada no canal de Risério no Youtube, o antropólogo e o sociólogo discutem as principais questões da agenda política e cultural contemporânea.

Textos e análises

Marco Aurélio Nogueira Cientista Político

Idiossincrasias partidárias à esquerda

Todo partido político tem suas idiossincrasias e suas manias. Os de esquerda, porém, levam isso ao paroxismo, talvez porque sejam os que vivem com maior intensidade e dedicação o problema da organização.

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O “golpe” como disciplina universitária

O debate de temas políticos é corriqueiro e saudável nas universidades. Há que se estudar o processo que levou ao afastamento de Dilma Rousseff. O perrengue só surgiu porque associou-se ao impeachment a palavra “golpe”, o que sugeriu um alinhamento automático às diretrizes das oposições petistas e lulistas. E porque um ministro invadiu seara que não lhe cabe. Alimentou-se, assim, uma fogueira que, a essa altura, já deveria estar apagada.

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O centro, esse escorregadio objeto de desejo

Ocupá-lo é uma necessidade. Sem ele nenhum sistema político ganha fluidez. No Brasil, o desafio passa pela reconstrução de algo que, em boa medida, foi a força propulsora da redemocratização. Como a vida mudou e a política entrou em parafuso, reconstruir o centro tornou-se ao mesmo tempo problema e estratégia.

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A intervenção no Rio, a segurança, a política

Havia no Rio um governo semimorto, comido pela corrupção, pela falta de credibilidade e pela inoperância. Esse governo agora morreu de vez. Com ele, é de se esperar que se dissolva todo um sistema que abocanhou o Estado e o converteu em reserva de caça. Se o modelo a ser inventado pela intervenção federal conseguir cercar a criminalidade que se alimenta da corrupção política, um passo será dado.

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Novidades sem raiz, e alguns senões

Se Huck quer mesmo se colocar a serviço de uma causa, poderia começar do começo, amassando barro e sujando as mãos. Não precisaria fazer uma “carreira”, ser vereador, deputado, senador. Bastaria que mergulhasse na política, dominasse suas idiossincrasias, conhecesse seus atalhos e seu modus operandi.

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Será mesmo? Além dos consensos fáceis

O antídoto contra a dispersão e o voto nulo não é a candidatura de Lula, mas a capacidade de articulação dos políticos. Não é razoável dizer que milhões de brasileiros e brasileiras preferirão ficar em casa mastigando a decepção de não poder votar em Lula em vez de comparecerem às urnas.

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Judicialização e política

A política é “judicializada” tanto porque os juízes se politizaram quanto porque os políticos já não conseguem produzir zonas mínimas de consenso e veem no Judiciário um ótimo local para transferir essa responsabilidade, com a vantagem de que os tribunais podem ajudar a que se protelem decisões e se criem embaraços para eventuais adversários.

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Depois do julgamento

O desfecho do julgamento de Lula não gera mais indecisão do que já se tinha. Ao contrário, pode levar à recuperação de uma racionalidade reformadora – típica do reformismo democrático — que estava perdida. Não retira credibilidade do processo eleitoral de 2018: pode valorizar as escolhas eleitorais, chamar os cidadãos para a esfera pública e instituir uma relação de novo tipo com o Estado e a comunidade política.

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Um julgamento para flertar com a História

A melhor condenação que Lula poderia receber seria mesmo nas urnas: o povo desconstruindo o mito, mostrando ter assimilado a mensagem da Lava Jato, fazendo livremente suas escolhas. Mas, caso venha a concorrer estando condenado judicialmente, o precedente mostrará que a Justiça não tem força moral e institucional para controlar os demais poderes, que não há mais o império da lei, que a própria lei não vale para todos.

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Liberalismos

Manifesto de empresário que defende discurso liberal na economia e conservadorismo nos costumes confunde a opinião pública e trava a evolução do liberalismo político.

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A esquerda que não merecemos ter

A convicção cega embota as mentes, a superficialidade do diagnóstico agita, mas não consegue esclarecer nem ativar um verdadeiro programa de luta e transformação. Vai-se por inércia, repetindo chavões e slogans fáceis, que se derramam como água, a um ponto em que tudo se converte em senso comum.

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Lula, entre slogans, caravanas e estandartes

Lula não é mais nem menos inocente do que muitos outros políticos brasileiros. Integra uma classe que aprendeu a fazer política num sistema corrompido que terminou por formatá-la e devorá-la. Não é melhor nem pior.

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