Livro de Nirlando Beirão faz celebração à vida
Saga amorosa dos avós nos leva a um passeio por Minas e Portugal e serve de base para uma bela demonstração de resiliência
Saga amorosa dos avós nos leva a um passeio por Minas e Portugal e serve de base para uma bela demonstração de resiliência
Série da HBO é um convite para que se reflita sobre a disseminação das usinas movidas a urânio e fissão, que fazem o mundo flutuar sobre um vulcão que, por falha técnica ou humana, pode exterminar a vida na Terra. Fala de uma catástrofe russa, mas diz respeito a todos nós.
O antimarxismo dos nossos dias não conhece Marx, não leu seus livros nem as análises de seus intérpretes. É pura ideologia, que opera por sobre a espuma levantada pela circulação das ideias marxistas e pelas disputas ideológicas em torno delas. O que lhe falta de rigor filosófico e conhecimento histórico é compensado por uma combatividade histriônica que pouco se importa com o que Marx realmente disse ou com o significado de suas proposições.
Em seu novo livro, o sociólogo nos convida a pensar sobre os efeitos que a “estatalização” teve na vida brasileira. A centralidade do Estado modelou a modernização e prolongou a subalternização das classes populares. Não foi organizada tão-somente pelas elites dominantes, mas também pelos atores que buscaram se apresentar como expressão da esquerda. A tutela do povo combinou-se ou com o autoritarismo dos tempos da ditadura, ou com políticas de clientela e assistencialismo em tempos de democracia.
O stalinismo foi muito além de Stalin: espalhou-se por vários setores da esquerda, formando uma cultura resiliente, que em nome do combate ao anticomunismo faz vistas grossas ao que houve de ditadura na era stalinista ou tenta justificá-la.
Não faz sentido supor que a esquerda seja toda ela dominada pelo marxismo ou pelas ideias de Gramsci. Falar que o marxismo domina a universidade cria um fantasma e atribui a ele problemas cuja origem está em outros fatores.
Oliveiros não foi autor de “achados” ou um prisioneiro de modas e consensos fáceis. Muito ao contrário. Sua vigorosa interpretação do Brasil apoiou-se na reiteração coerente de algumas cláusulas pétreas: o Estado, a necessidade da ordem, o poder como posse de almas e recursos materiais, a dimensão psicossocial dos fatos políticos, o valor da ação organizada, o projeto nacional, a relevância da geopolítica e da sociologia.
Edgard de Assis Carvalho acaba de lançar “Conexões da vida. Uma antropologia da experiência”. Li o livro assim que pude tê-lo em mãos, quase sem tomar fôlego. Emocionei-me muito, parei várias vezes para pensar, rememorar, rever a mim mesmo. Não me recordo de ter lido algo tão pungente e revelador.
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