
Diário do Confinamento 7:
Deixar sangrar, o risco
É preciso olhar o todo. O perigo que nos ameaça vem da falta de governança, do atrito artificial criado entre alas, pessoas e autoridades

É preciso olhar o todo. O perigo que nos ameaça vem da falta de governança, do atrito artificial criado entre alas, pessoas e autoridades

Deixar de ficar em casa não é uma questão econômica, ligada à retomada dos negócios. Só terá sentido se souber se articular com a preservação da vida.

O governo perde com a saída de Moro, um ativo simbólico importante. Agora, enquanto limpa as gavetas, Moro poderá esclarecer se sua aventura como Ministro da Justiça valeu a pena

Em janeiro, São Paulo anunciou um plano de prevenção e a formação de um comitê estratégico. Era um alerta claro. Só que ninguém prestou atenção.

Se conseguirmos suportar o impacto da doença e não formos atrapalhados por governantes inescrupulosos, o vírus terminará por ser controlado. A pandemia, porém, deixará marcas profundas.

Teremos uma overdose de vida digital. De que maneira sairemos, com qual bagagem? Que lições tiraremos? O confinamento mostra a cara feia do mundo, o egoísmo e a generosidade.

O principal impacto político da epidemia aparece no isolamento político-institucional de Bolsonaro, engolido pelo cordão de ódio que o asfixia,

Criar confusão é um caminho clássico das manobras contra a democracia. Todo autoritário gosta de respirar o ar da beligerância. Não é diferente com Bolsonaro.