Fumaça e atrito
Militares ocupando cargos governamentais aos montes e militantes retrógrados em profusão alimentam uma bomba, cujo rastilho pode ser aceso com facilidade.
Ensaio publicado no nº 4 da Revista Espiral, vinculada ao Instituto de Estudos da Complexidade, procura refletir sobre a época atual. de medo e perplexidade. A experiência sociocultural ingressou em uma dinâmica de aceleração que contagiou o conjunto da vida, incrementando ainda mais a obsessão produtivista e a pressão sobre o trabalho, com enormes repercussões existenciais. A pandemia do coronavírus agravou um quadro que já era dramático. O artigo insiste no valor do diálogo, da cooperação, da solidariedade em escala global, da democracia e do reformismo incremental.
Militares ocupando cargos governamentais aos montes e militantes retrógrados em profusão alimentam uma bomba, cujo rastilho pode ser aceso com facilidade.
Há muitos ‘presidenciáveis’ em cogitação, mas não há o fundamental: nem uma boa articulação democrática, nem um programa mínimo com que tirar o país do buraco
Rusgas internas e externas abalam o campo democrático, mas podem ajudar a que se veja melhor os planos e as ambições das distintas correntes
Depois das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, será preciso virar a página. O jogo político ficou mais complexo e complicado.
No Congresso, línguas e linguagens trombam umas nas outras, alimentadas pela incompetência e pela sabujice
O recurso ao impeachment poderá catalisar o mal-estar que hoje, impregnado de horror, medo e repulsa, se espalha pela sociedade.
Disputa Dória-Bolsonaro não impedirá o fortalecimento do Programa Nacional de Imunização
A crise está exposta, inflamada pelo Palácio do Planalto. E quanto antes ela for efetivamente enfrentada, melhor.
Combinado com o discurso do governo federal e a inoperância do ministério da Saúde, o vaivém sobre o grau de eficácia das vacinas fornece pretexto para o negacionismo
Entre temores e esperanças, 2021 será um teste para o realinhamento político dos democratas e o reposicionamento das esquerdas
Ao debochar da tortura, Bolsonaro mostra falta de grandeza e compostura. Enquanto isso, megafestas tomam conta do País.
2020 termina com pandemia e desgoverno. 2021 há de nos ajudar a encontrar a melhor estrada para recuperar o terreno que perdemos