
Burrice política e arrogância travam a terceira via
Quanto mais o centro democrático e a esquerda demorarem para se entender, mais trunfos encherão o cofrinho bolsonarista
Os partidos políticos vêm representando, ao longo da história, os principais canais institucionais que moldam, dão forma e sentido ao poder político, ponto fulcral nas democracias representativas. Neste artigo publicado na Revista Será?, busco incorporar as mudanças estruturais e seu impacto no lugar dos partidos na democracia representativa, para compreender suas possibilidades de futuro. Continuarão a existir partidos políticos como usinas de ideias e programas ou estão eles destinados a desaparecer? Que mudanças deverão sofrer para voltar a contribuir para a qualificação da democracia?
Quanto mais o centro democrático e a esquerda demorarem para se entender, mais trunfos encherão o cofrinho bolsonarista
No atual clima de desgaste institucional, conflito entre os Poderes e ameaças golpistas, a defesa da democracia é mais relevante do que a viabilização deste ou daquele candidato
O jogo já está sendo jogado desde o ano passado, mas agora é como se começasse um segundo tempo na competição
A guerra de Putin acentua as dificuldades da globalização. Força os Estados a cuidarem mais de si mesmos, a se voltarem para dentro, a se protegerem. Mostra um Brasil despreparado.
Aliança do ex-governador paulista com Lula é um sinal positivo, mas carrega incógnitas que precisam ser respondidas
A política precisa prevalecer na guerra russo-ucraniana. A regulamentação pacífica permitiria negociações mais amplas entre a Rússia, os Estados Unidos, a Europa.
A democracia representativa está com dificuldade de acompanhar as mudanças aceleradas da vida moderna.
Para se viabilizarem, pequenos partidos buscam abrigo sob as asas de partidos maiores, mas com isso podem ficar engessados e sem fôlego eleitoral
Nunca antes e provavelmente nunca mais no futuro, ter-se-á visto no Brasil um governo tão ruim, integrado por tantas nulidades políticas, técnicas, intelectuais, administrativas
O futuro não está dado. Apenas com uma democracia revigorada será possível pensar em um Estado que defina políticas estratégicas para o País
O cenário não é otimista. Mas é em situações de dificuldade que a capacidade de reação dos humanos se manifesta, como luta pela vida, pela liberdade, pela democracia.
Com os ataques a Ciro Gomes, procura-se impedir que a disputa política produza um debate que delineie um futuro consistente para o País.