Contorcionismo pernicioso

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Nem sempre o falar de forma compulsiva e com a intenção de confundir interlocutores e plateias beneficia quem o faz. Brincar com as palavras pode muito bem levar a que se brinque com fogo. Não é o que se espera de um político com “p” maiúsculo.

O peixe morre pela boca. Lula não é peixe, nem está para morrer, mas de sua boca, ultimamente, saem petardos que prejudicam a ele próprio e ao movimento que lidera.

Nem sempre o falar de forma compulsiva e com a intenção de confundir interlocutores e plateias beneficia quem o faz. Brincar com as palavras pode muito bem levar a que se brinque com fogo. Não é o que se espera de um político com “p” maiúsculo.

Ao dizer que o MP e os empresários “inventaram a palavra propina” para culpar e difamar os políticos, Lula mente. Quer fazer com que se acredite que as propinas não passavam de “doações empresariais”, prática que teria sido usual desde a proclamação da República. “A diferença – esclarece – é que agora transformaram as doações em propina, e tudo ficou criminoso”.

É contorcionismo demais.

Depois de tantas apurações, investigações e condenações, a opinião de Lula soa como mera provocação, artifício usado para chamar atenção e reforçar a blindagem que o protege. Serve para manter inebriada a legião de seguidores que o veem como um “perseguido”, uma vítima dos poderosos. E tenta construir uma ponte para se projetar como líder dos políticos encurralados.

As frases de Lula não explicam como é que tantos políticos, ele próprio, ficaram milionários com as tais “doações empresariais”. É um enriquecimento suspeito, um escárnio contra o povo trabalhador que o ex-presidente sempre alega defender. São frases que misturam alhos com bugalhos, numa manobra espúria para salvar a pele dos políticos envolvidos com a corrupção. E sair bem na foto.

Só que não.

Com elas, Lula emporcalhou e esvaziou de dignidade a tese que ele e seu partido defendem, a de que a criação de um fundo público de financiamento de campanhas é a única medida que salvará a política no Brasil.

Disse bem o jornalista João Domingos: o discurso de Lula está na “vanguarda do atraso”. Atrapalha, trava, confunde, empurra para trás.

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Elisangela Formagio
7 anos atrás

Li recentemente, que o Senado aluga 85 carros zero km por 8,3 milhões. A petralhada caiu matando. Se eu fosse Gleisi ou Lindbergh, não usaria em retaliação… mas… críticas, só pro adversário, né… LULA, nem no prato!! Em 2018, vou de Lula Presidente Prudente. Ou Venceslau. Ou Bernardes. Pode escolher… E espero que Aécio, Temer, também tenham o mesmo destino. Meu lado é o meu, o do povo!

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