
Patologias bolsonaristas
Sente-se no ar o cheiro fétido de um golpe. Um golpe sem projeto, sem atores vigorosos, sem vergonha na cara, sem futuro.
Os partidos políticos vêm representando, ao longo da história, os principais canais institucionais que moldam, dão forma e sentido ao poder político, ponto fulcral nas democracias representativas. Neste artigo publicado na Revista Será?, busco incorporar as mudanças estruturais e seu impacto no lugar dos partidos na democracia representativa, para compreender suas possibilidades de futuro. Continuarão a existir partidos políticos como usinas de ideias e programas ou estão eles destinados a desaparecer? Que mudanças deverão sofrer para voltar a contribuir para a qualificação da democracia?
Sente-se no ar o cheiro fétido de um golpe. Um golpe sem projeto, sem atores vigorosos, sem vergonha na cara, sem futuro.
Dizer que a posse de armas letais é o que faz os cidadãos serem “livres” é rasgar a bandeira da liberdade, da fraternidade e da igualdade. É instituir o império dos mais fortes.
Candidatos como Simone Tebet e Ciro Gomes cumprem papel fundamental: dão chance a que o debate se qualifique e o centro político se mostre mais progressista.
Governos iliberais desprezam a inteligência e a cultura, atraem colaboradores que aceitam, sem dilemas morais, o papel de subalternos silentes do chefe.
Quanto mais o centro democrático e a esquerda demorarem para se entender, mais trunfos encherão o cofrinho bolsonarista
No atual clima de desgaste institucional, conflito entre os Poderes e ameaças golpistas, a defesa da democracia é mais relevante do que a viabilização deste ou daquele candidato
O jogo já está sendo jogado desde o ano passado, mas agora é como se começasse um segundo tempo na competição
A guerra de Putin acentua as dificuldades da globalização. Força os Estados a cuidarem mais de si mesmos, a se voltarem para dentro, a se protegerem. Mostra um Brasil despreparado.
Aliança do ex-governador paulista com Lula é um sinal positivo, mas carrega incógnitas que precisam ser respondidas
A política precisa prevalecer na guerra russo-ucraniana. A regulamentação pacífica permitiria negociações mais amplas entre a Rússia, os Estados Unidos, a Europa.
A democracia representativa está com dificuldade de acompanhar as mudanças aceleradas da vida moderna.
Para se viabilizarem, pequenos partidos buscam abrigo sob as asas de partidos maiores, mas com isso podem ficar engessados e sem fôlego eleitoral