
O risco Bolsonaro e o País que se despedaça
Um presidente que se comporta como chefe de facção e se move por reações intempestivas é uma tragédia anunciada.

Um presidente que se comporta como chefe de facção e se move por reações intempestivas é uma tragédia anunciada.

A pretensão do presidente é uma mistura de nepotismo com falta de visão estratégica, espírito de provocação e desejo de “vingança”

Sua atuação contribuiu para que se formasse na Casa uma ala favorável ao entendimento interpartidário e à mediação de conflitos.

O governo acreditou que a sociedade se satisfaria com ataques coreográficos à esquerda, ao globalismo e às políticas identitárias

Atual ministro da Justiça fez um cálculo equivocado quando trocou Curitiba por Brasilia e ingressou no governo Bolsonaro. Com as conversas hackeadas agora divulgadas, expôs-se aos adversários e inimigos, de esquerda e de direita, que recrudescem os ataques a ele.

Governo Bolsonaro ameaça, mas não sabe o que fazer com as universidades. Sua brutalidade está a destruir o pouco que já se construiu no País em termos educacionais. Semeia pânico e confusão, mas esbarrará na lógica dos fatos e na resistência de professores e estudantes.

A obra da redemocratização está sendo dilapidada. Chegamos a um ponto em que nos falta o fundamental: unidade política, consensos democráticos, responsabilidade cívica e boas estruturas de ação.

Ao substituir Vélez por Weintraub, Bolsonaro escolheu alguém com a mesma afinação ideológica e disposição para o confronto. Recusou-se a buscar interlocução com os agentes educacionais e os técnicos do MEC, que compreendem a dimensão estratégica da educação.