
Polarizações enrijecidas
A sensação que se tem é de que não há avanços, porque a energia se desperdiça na negação que um polo faz do outro
A sensação que se tem é de que não há avanços, porque a energia se desperdiça na negação que um polo faz do outro
Junho foi um mês ruim para o governo. Não por ter ele acumulado derrotas ou sofrido um assédio vencedor da extrema direita. Mas sim porque
Havendo vontade política, mobilização e engajamento coletivo é possível mudar a rota e abrir caminho para formas de vida menos agressivas
O País estacionou. Não voltará a caminhar sem um projeto de governo e com uma lógica política vivida somente como contraposição mal qualificada entre esquerda e direita. Há mais coisas no céu do que aviões de combate.
Homenageá-lo hoje é manter viva a memória de um combativo, erudito, generoso e indignado intelectual, que olhou um país desigual, injusto e violento como o Brasil com lucidez e esperança
As correntes democráticas progressistas não interpretam as circunstâncias concretas em que se vive e, com isso, deixam de oferecer aos diferentes grupos sociais parâmetros de atuação, aí incluídas uma cultura com que compreender o mundo e uma visão renovada da própria democracia.
Numa condição histórica marcada pela inovação tecnológica e por abalos que sacodem a organização social, é espantoso que nossos políticos ainda atuem com os olhos para trás, incapazes de alcançar consensos e formular uma ideia de Nação.
Governantes podem ir à guerra para obter apoio interno ou recuperar o apoio perdido. Podem se cercar de fanáticos fundamentalistas, tão malignos quanto os piores terroristas e, assim, incorporarem a ideia de “se querem a paz, façam a guerra”.