Falando a sério sobre Ciro
Um candidato não é só um conjunto de boas ideias ou um lote de promessas. Sua agenda pesa, mas sempre será necessário verificar com quem ele anda e como ele se comporta.
Um candidato não é só um conjunto de boas ideias ou um lote de promessas. Sua agenda pesa, mas sempre será necessário verificar com quem ele anda e como ele se comporta.
Sem a criação de um espaço político mais generoso e unitário, será difícil projetar o futuro e governar o País. A sociedade vive profundo mal-estar, falta serenidade para quase tudo, a tensão é alta. A resposta dos dos governos e dos políticos tem sido insuficiente para sugerir um caminho.
Em 2018, no Brasil, as centrais sindicais uniram-se num ato em Curitiba, numa articulação rara, que deveria ser motivo de comemoração. O problema é que há uma crise na vida sindical, provocada não pela política, mas pelas modificações na estrutura da vida social.
O mal-estar institucional, porém, é real. Hoje, no Brasil, o sistema vive numa espécie de “caos estável”: funciona, mas está cheio de problemas e gera pouca adesão cívica. Os cidadãos “obedecem” às regras instituídas, mas fazem isso por “gratidão” ou receio da punição, não por algum critério racional de “respeito” ou “apreço”.
Consensos “constituídos” na sociedade civil podem ajudar a que se construam consensos “racionalmente possíveis” na sociedade política. A postura realista e as ferramentas da teoria política são úteis para a compreensão da realidade.
Preso ou solto, Lula continuará vivo. Não há como ser sumariamente descartado da política brasileira. Há muitos recursos que podem ser mobilizados em termos simbólicos, ideológicos, organizacionais e partidários para mantê-lo ativo, seja como fator de interferência na política, seja como mito, herói ou mártir.
A política não está conseguindo coordenar a si própria e articular o social. A crítica democrática foi substituída pelo ressentimento, pela indignação moral, pela intransigência, pela intolerância. A incapacidade reflexiva faz com que os partidos não consigam processar intelectual e politicamente o mundo em transformação e se deixem encantar pelos enigmas que não conseguem decifrar.
Poderes divididos e desnorteados são poderes inoperantes, expostos e devassáveis. Quando um poder como o Judiciário entra em crise e se despedaça, torna-se uma ameaça para a sociedade. Em vez de protegê-la e convidá-la a respeitar a lei, converte-se em agente da corrosão ética que ameaça devorar a convivência entre os cidadãos
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