
Desafios pela frente
Discurso de Lula na ONU mostrou que há amplo espaço para a vigência de uma política externa equilibrada e propositiva, ajudando a formar consensos de que tanto necessitamos.

Discurso de Lula na ONU mostrou que há amplo espaço para a vigência de uma política externa equilibrada e propositiva, ajudando a formar consensos de que tanto necessitamos.

A falta de uma força democrática organizada é prejudicial à sociedade e ao governo Lula, que poderia estar instalado no Planalto com muito mais folga e sentido de projeto

No atual quadro político, há muita “guerra cultural” e muita ênfase nas diferenças, mas falta uma ideia compartilhada de país.

No atual cenário internacional, um país como o Brasil precisa se movimentar com largueza de visão e flexibilidade. Sua política externa está obrigada a dialogar com todos, sem inflexões atabalhoadas ou preferências ideológicas.

O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo: um expediente tosco, cômodo e conveniente para contestar o sistema democrático

O novo governo nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio. Precisa matar um leão a cada dia.

O governo precisa se empenhar na formação de uma base democrática de sustentação na sociedade e no Congresso. Que não será, por óbvio, a que se formou para eleger Arthur Lira, que só o apoiará se for cevada com muitos favores.

A terra ainda treme. Além da tensão inerente ao pós-golpe, há as sequelas do período Bolsonaro e a necessidade premente de que o governo mostre a que veio.