Uma derrota a ser digerida
Com o recuo eleitoral do bolsonarismo, parece ter crescido, à direita, a convicção de que o presidente não pode mais desfraldar a bandeira-guia de um movimento
Com o recuo eleitoral do bolsonarismo, parece ter crescido, à direita, a convicção de que o presidente não pode mais desfraldar a bandeira-guia de um movimento
É um bom momento para que se tente dar destaque ao que une os cidadãos que se põem no território da democracia política, hoje ocupado por liberais, conservadores, socialistas e comunistas.
Ninguém se preocupa com o quadro e todos correm rumo ao precipício, que fica sempre mais próximo. Cada candidato faz de conta que o problema não é com ele, mas com os outros, sempre tidos e havidos como “inimigos”.
Ocupá-lo é uma necessidade. Sem ele nenhum sistema político ganha fluidez. No Brasil, o desafio passa pela reconstrução de algo que, em boa medida, foi a força propulsora da redemocratização. Como a vida mudou e a política entrou em parafuso, reconstruir o centro tornou-se ao mesmo tempo problema e estratégia.