Onde estão os democratas?
A falta de uma força democrática organizada é prejudicial à sociedade e ao governo Lula, que poderia estar instalado no Planalto com muito mais folga e sentido de projeto
A falta de uma força democrática organizada é prejudicial à sociedade e ao governo Lula, que poderia estar instalado no Planalto com muito mais folga e sentido de projeto
A democracia digital não soterra a democracia nem tem como curar suas imperfeições. É um vetor de reorganização, que não dispensa a presença dos democratas.
Se confirmados todos os votos, Biden | Kamala mudarão o estado de espírito do mundo
Políticos da escola de Trump corroem a democracia e confundem os democratas, levando-os a abandonar a argumentação reflexiva
Os democratas brasileiros – de centro, liberais, conservadores, de esquerda – se deixaram dividir por excessos, querelas ideológicas, batalhas infrenes de poder. Agora, chegaram à hora da verdade.
A obra da redemocratização está sendo dilapidada. Chegamos a um ponto em que nos falta o fundamental: unidade política, consensos democráticos, responsabilidade cívica e boas estruturas de ação.
Os democratas chegaram ao segundo turno desnorteados, cansados de guerra, tendo de se satisfazer com manifestos e declarações de “votos úteis antifascistas”. Não souberam se comunicar, não dialogaram nem ouviram a população. Flutuam no palco como seres sem alma, sem cabeça, agarrados a pedaços do que no passado era chamado de “grande política” mas que, hoje, funcionam no máximo como estratégia de sobrevivência.
O modo como avançou a disputa indica que o próximo ciclo não será produtivo. As campanhas deseducam a população, fazendo com que os eleitores sejam induzidos a acreditar que do céu cairá uma chuva de fartura ou o fim da bandidagem e da corrupção.