Bolhas, espumas e poeiras
Precisamos nos acostumar a viver na turbulência e na incerteza, procurando não perder o que já conquistamos, não edificar castelos nas nuvens, não cogitar de ataques a Palácios, não desperdiçar energias.
Precisamos nos acostumar a viver na turbulência e na incerteza, procurando não perder o que já conquistamos, não edificar castelos nas nuvens, não cogitar de ataques a Palácios, não desperdiçar energias.
A questão da reforma perambula na vida política brasileira há décadas. Não pode ser engavetada nem “resolvida” de uma penada. É estratégica, porque o modelo vigente chegou ao esgotamento e precisa ser revisto. Não temos, porém, consensos a respeito e o debate público nem sequer se organizou.
Pode-se levantar a suspeita que for, polemizar dizendo que a iniciativa ajuda a proteger deputados ameaçados pelas colaborações premiadas e tem como objetivo oculto facilitar uma fuga do Legislativo das garras da Justiça, mas não se pode negar que a proposta de reforma política apresentada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP) é corajosa e põe o dedo em muitas chagas do sistema político brasileiro.