Almas e demônios

Passados 27 dias de sua posse, o governo Bolsonaro não mostrou ter uma alma. Falta-lhe quase tudo: programa, projeto de País, discurso, comunicação, temperança, conhecimento do terreno, prudência, capacidade de articulação, quadros técnicos e políticos competentes.

O bode expiatório

Os ataques a Gramsci e ao “marxismo cultural” apoiam-se na superficialidade e na estigmatização. Não desejam fomentar qualquer debate. Levam ao empobrecimento da democracia e do diálogo público. Capturado pela insanidade por ele mesmo criada, o governo Bolsonaro entrega-se ao frenesi ideológico

O ano de Marx

O antimarxismo dos nossos dias não conhece Marx, não leu seus livros nem as análises de seus intérpretes. É pura ideologia, que opera por sobre a espuma levantada pela circulação das ideias marxistas e pelas disputas ideológicas em torno delas. O que lhe falta de rigor filosófico e conhecimento histórico é compensado por uma combatividade histriônica que pouco se importa com o que Marx realmente disse ou com o significado de suas proposições.

Um ano para a oposição mostrar seu valor

Para as forças democráticas, a ideia de “centro” é preciosa, mas precisa ser qualificada com rigor. Sem isso, dificilmente exibirá face rejuvenescida e não conseguirá se desvencilhar do que já se tentou fazer no passado, sem grande sucesso. Terá reduzido poder de sedução

A guerra ideológica da “Escola sem partido”

A proposta quer agitar e intimidar. Sua intenção é polarizar e dividir os ambientes escolares, jogando a direita contra a esquerda, alunos contra professores, estigmatizando uns e outros, gerando pânico e insegurança. A ideia é desorganizar o ambiente escolar e desencadear uma sistemática de censura e perseguição.