
Anticomunismo de conveniência
O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo: um expediente tosco, cômodo e conveniente para contestar o sistema democrático
Descubra esse livro inteiramente dedicado a examinar os temas e problemas atuais, da ascensão da extrema direita ao populismo, da vida digital ao identitarismo
Numa dinâmica e instigante conversa, publicada no canal de Risério no Youtube, o antropólogo e o sociólogo discutem as principais questões da agenda política e cultural contemporânea.

O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo: um expediente tosco, cômodo e conveniente para contestar o sistema democrático

O novo governo nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio. Precisa matar um leão a cada dia.

O governo precisa se empenhar na formação de uma base democrática de sustentação na sociedade e no Congresso. Que não será, por óbvio, a que se formou para eleger Arthur Lira, que só o apoiará se for cevada com muitos favores.

A terra ainda treme. Além da tensão inerente ao pós-golpe, há as sequelas do período Bolsonaro e a necessidade premente de que o governo mostre a que veio.

Destruições não pavimentam nenhuma via para o poder, mas podem insuflar os que têm cabeça e força para fazê-lo. Foi esse o perigo que rondou a capital federal no dia de ontem

Eleito por diversos partidos, Lula diz que o seu “não será um governo do PT”. Mas a “Frente Ampla” está suspensa no ar, instabilizada por setores petistas e pelas alas fisiológicas do Congresso.

A melhor chance de sucesso do governo Lula está no fortalecimento da coalização democrática que o apoiou nas urnas do segundo turno

Tanto quanto nas articulações de cúpula, o novo governo precisará se dedicar a convencer a sociedade de que é preciso virar a página e reerguer o País

A decantada união nacional dependerá muito do que vier a fazer o novo governo. Mas não nascerá somente dele. As forças democráticas, seja onde quer que estejam, precisarão dar sua contribuição.

Votar em Lula é, no mínimo, uma medida cautelar, uma manifestação de cuidado e preocupação com o Brasil. É uma aposta na democracia e na civilidade

Debate presidencial do dia 16/10 resumiu-se a uma troca de acusações e autoelogios. Não trouxe nenhuma novidade, nem esclareceu o eleitorado.

O apoio de Simone Tebet foi político. Deu a Lula a possibilidade de corrigir a péssima campanha do 1º turno com uma nova campanha, impregnada de compromissos e de clareza programática.