Depois das urnas, o amanhã

A sociedade se machucou muito com a disputa eleitoral. Foi intensamente pressionada pelos dois polos que chegaram ao segundo turno. Assustou-se, manifestou medo e preocupação, pôs para fora dúvidas e preocupações. Mas também extravasou esperanças e expectativas. Agora é o momento de baixar o fogo, reencontrar a tolerância e a gentileza,que se perderam durante a guerra.

Os próximos dias do resto da nossa vida

O Brasil não terá como ser governado sem uma pacificação geral dos espíritos. O futuro será comprometido se perdermos a perspectiva da comunidade política democrática e continuarmos a alimentar divisões perfunctórias, a competição pelas migalhas do poder, a retórica de “guerra”.

Modos de derrotar o extremismo

Os democratas chegaram ao segundo turno desnorteados, cansados de guerra, tendo de se satisfazer com manifestos e declarações de “votos úteis antifascistas”. Não souberam se comunicar, não dialogaram nem ouviram a população. Flutuam no palco como seres sem alma, sem cabeça, agarrados a pedaços do que no passado era chamado de “grande política” mas que, hoje, funcionam no máximo como estratégia de sobrevivência.