A sinfonia que inventou o Brasil
Argumentando de modo contagiante, Rubem Barboza Filho mostra como o povo, influenciado pelo barroco, inventou um país. Vale a pena acompanhá-lo nessa aventura.
Argumentando de modo contagiante, Rubem Barboza Filho mostra como o povo, influenciado pelo barroco, inventou um país. Vale a pena acompanhá-lo nessa aventura.
Numa condição histórica marcada pela inovação tecnológica e por abalos que sacodem a organização social, é espantoso que nossos políticos ainda atuem com os olhos para trás, incapazes de alcançar consensos e formular uma ideia de Nação.
No atual cenário internacional, um país como o Brasil precisa se movimentar com largueza de visão e flexibilidade. Sua política externa está obrigada a dialogar com todos, sem inflexões atabalhoadas ou preferências ideológicas.
A guerra de Putin acentua as dificuldades da globalização. Força os Estados a cuidarem mais de si mesmos, a se voltarem para dentro, a se protegerem. Mostra um Brasil despreparado.
A crise política é moral, técnica, institucional. Ricocheteia em tudo, bloqueando a vigência da racionalidade democrática e o surgimento de elites generosas, conscientes de uma transição epocal que, hoje, se processa às cegas.
Lula não é mais nem menos inocente do que muitos outros políticos brasileiros. Integra uma classe que aprendeu a fazer política num sistema corrompido que terminou por formatá-la e devorá-la. Não é melhor nem pior.
Nem tudo está entregue a operadores ilícitos, a conservadores reacionários e a mascarados treinados para desmobilizar. Porque áreas saudáveis também se reproduzem, pulsam e resistem. Elas estão, porém, reprimidas e sufocadas pelo bate-cabeças generalizado, pelo silêncio das lideranças, pelos frêmitos da precipitação que excita, pela falta de diálogo construtivo entre as partes.
ENTREVISTA. Quando pensamos em “redes e ruas”, abrimo-nos por inteiro para a sociabilidade contemporânea. Vivemos cada vez mais intensamente em redes sociais e das redes passamos para as ruas, indo do virtual para o presencial. As redes estão fazendo com que mudemos nossas preferências em relação a muitas coisas. Produzem cultura e alteram o modo como nos comunicamos.