Girando em falso
A insistência em viver a disputa eleitoral como um choque entre polos enraivecidos dificulta a que forças de mediação entrem em campo. Embota a criatividade e trava o surgimento de ideias novas
A insistência em viver a disputa eleitoral como um choque entre polos enraivecidos dificulta a que forças de mediação entrem em campo. Embota a criatividade e trava o surgimento de ideias novas
Livro reconstroi trajetórias e ideias de duas figuras que fizeram, ao longo da vida, uma verdadeira ode à diplomacia, à busca da paz e da harmonia no mundo
Argumentando de modo contagiante, Rubem Barboza Filho mostra como o povo, influenciado pelo barroco, inventou um país. Vale a pena acompanhá-lo nessa aventura.
Numa condição histórica marcada pela inovação tecnológica e por abalos que sacodem a organização social, é espantoso que nossos políticos ainda atuem com os olhos para trás, incapazes de alcançar consensos e formular uma ideia de Nação.
No atual cenário internacional, um país como o Brasil precisa se movimentar com largueza de visão e flexibilidade. Sua política externa está obrigada a dialogar com todos, sem inflexões atabalhoadas ou preferências ideológicas.
A guerra de Putin acentua as dificuldades da globalização. Força os Estados a cuidarem mais de si mesmos, a se voltarem para dentro, a se protegerem. Mostra um Brasil despreparado.
A crise política é moral, técnica, institucional. Ricocheteia em tudo, bloqueando a vigência da racionalidade democrática e o surgimento de elites generosas, conscientes de uma transição epocal que, hoje, se processa às cegas.
Lula não é mais nem menos inocente do que muitos outros políticos brasileiros. Integra uma classe que aprendeu a fazer política num sistema corrompido que terminou por formatá-la e devorá-la. Não é melhor nem pior.