A corrupção está aí, mas não é a questão principal
O segredo está na capacidade de articulação. Para salvar a política e recuperá-la aos olhos da população, não para satanizá-la
O segredo está na capacidade de articulação. Para salvar a política e recuperá-la aos olhos da população, não para satanizá-la
As coisas devem ser contadas como de fato ocorreram. Lula foi condenado em segunda instância e preso em abril de 2018. Desde o início, o processo contra ele esteve cercado de dúvidas, liminares e escaramuças judiciais, que formaram uma sujeira espessa que atravessou os anos. As alegações que o incriminavam eram muitas e falava-se que … Ler mais
Enquanto o STF se desgasta, o Congresso se vê às voltas com as cuecas que serviam de cofre a um senador
Num País em crise, instituições judiciárias ganham força e se tornam mais bem conhecidas. Mas não há consenso sobre seus efeitos políticos
Em entrevista polêmica, presidente do STF mostrou que quer fazer política. Defendeu Bolsonaro e atacou a Lava Jato.
A prisão de Temer é mais um capítulo no ajuste de contas da Justiça com o sistema político — um ajuste que precisa ser conduzido com inteligência estratégica e republicanismo, para que não se substitua o que estava ruim por algo ainda pior
Em seu novo livro, o sociólogo nos convida a pensar sobre os efeitos que a “estatalização” teve na vida brasileira. A centralidade do Estado modelou a modernização e prolongou a subalternização das classes populares. Não foi organizada tão-somente pelas elites dominantes, mas também pelos atores que buscaram se apresentar como expressão da esquerda. A tutela do povo combinou-se ou com o autoritarismo dos tempos da ditadura, ou com políticas de clientela e assistencialismo em tempos de democracia.
Se alguma mobilização popular quiser ser vitoriosa no Brasil ela terá de ir além de Lula. Terá de se por com clareza o tema da corrupção e dos males que acarreta para a democracia, a questão da impunidade dos poderosos – de todos eles, da esquerda à direita –, a questão do valor da Constituição e das instituições dedicadas à sua defesa e interpretação, como é o caso do STF.