Nojo, horror, incivilidade
Ao debochar da tortura, Bolsonaro mostra falta de grandeza e compostura. Enquanto isso, megafestas tomam conta do País.
Ao debochar da tortura, Bolsonaro mostra falta de grandeza e compostura. Enquanto isso, megafestas tomam conta do País.
Palocci cruzou o Rubicão: tornou-se um acusador. É assim que está tentando assinar seu próprio pacto com Moro. Sendo ele quem é, sabe que precisará derramar muito sangue para obter algum tipo de benefício expressivo. Terá de entregar mais coisas, valorizar o próprio passe.
Temer é de certo modo uma figura paradoxal. Um presidente improvável e estranho ao modo como os brasileiros entendem a Presidência e seu ocupante. Mas, curiosamente, parece ter imprimido um estilo mais frio e opaco ao centro do poder político, o que não é pouco neste País estraçalhado por crises, pela desigualdade e pela polarização.
ENTREVISTA. As redes sociais são câmaras de eco que incrementam tudo o que se fala. O barulho de um alfinete se compara a um trovão. O baixo nível do debate também reflete a desqualificação dos partidos. Os partidos perderam a capacidade de orientar seus militantes. Não há orientação clara a respeito do que deve ser feito, especialmente quando se tenta pensar a política como um exercício que não é dedicado a destruir o adversário. Mas a política também tem uma face nobre. Os partidos deveriam ser canais de agregação de lideranças e intelectuais que pudessem funcionar como educadores cívicos. Mas não atuam assim.