Desmoralização serial
O presidente queima seus últimos cartuchos, embora sempre se possa prever a invenção de alguma maldade extraordinária na caverna em que habita
O presidente queima seus últimos cartuchos, embora sempre se possa prever a invenção de alguma maldade extraordinária na caverna em que habita
Os militares contribuiriam mais se olhassem para dentro da caserna e agissem para depurá-la dos maus elementos.
Os militares estão agarrados ao governo. Foram projetados para o centro da permanente crise política e administrativa em que nos encontramos.
Com a crise Pazuello, deu-se mais uma volta no parafuso. Estreitaram-se os espaços e os atores precisam se reposicionar.
Ao coroar a carreira com a ida, sem farda e sem máscara, a um comício eleitoral , o ex-ministro da Saúde mostrou que é um estranho no ninho militar
Reforma ministerial não altera o perfil do governo, que permanece com raiva do mundo, da vida, da democracia. E, agora, com maior controle sobre as áreas estratégicas.
Acuado, o bolsonarismo arma um golpe para se prolongar no poder. O caos, o horror, a confusão formam a pista em que sabe caminhar. A saída é incrementar a racionalidade democrática, antes que seja tarde demais
A presença militar no governo tenderá a incentivar uma postura focada em resultados estruturais, alheios ao jogo eleitoral. É onde repousa o risco de atrito com a política.