Dissonâncias cognitivas
No Congresso, línguas e linguagens trombam umas nas outras, alimentadas pela incompetência e pela sabujice
No Congresso, línguas e linguagens trombam umas nas outras, alimentadas pela incompetência e pela sabujice
Os democratas brasileiros – de centro, liberais, conservadores, de esquerda – se deixaram dividir por excessos, querelas ideológicas, batalhas infrenes de poder. Agora, chegaram à hora da verdade.
Um presidente da República que prega a subversão é um mapa para o golpe, uma estrada para a crise institucional. Fere a República e a democracia. Precisa ser contido.
São distintos, mas seguem os passos um do outro. Obedecem a um roteiro do qual não podem escapar
Palavras influenciam, são recursos de hegemonia. Podem educar, iludir, inflamar, envenenar. Precisam ser decodificadas.
Bolsonaro cria inimigos para lhes atribuir as dificuldades de gestão e, ao mesmo tempo, para agregar sua base mais fanatizada.
A obra da redemocratização está sendo dilapidada. Chegamos a um ponto em que nos falta o fundamental: unidade política, consensos democráticos, responsabilidade cívica e boas estruturas de ação.
Os democratas precisam compreender onde erraram e refazer o caminho, valorizando o que foi conquistado de 1988 para cá. Devem ajustar o foco e voltar a agir. Pensar bem, ver o que é possível fazer, com serenidade e sem precipitação.