Anticomunismo de conveniência
O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo: um expediente tosco, cômodo e conveniente para contestar o sistema democrático
Marco Aurélio Nogueira
Uma montanha a escalar
O novo governo nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio. Precisa matar um leão a cada dia.
O golpismo tabajara fracassou, mas continua vivo
O governo precisa se empenhar na formação de uma base democrática de sustentação na sociedade e no Congresso. Que não será, por óbvio, a que se formou para eleger Arthur Lira, que só o apoiará se for cevada com muitos favores.
O jogo já está sendo jogado
A terra ainda treme. Além da tensão inerente ao pós-golpe, há as sequelas do período Bolsonaro e a necessidade premente de que o governo mostre a que veio.
O terror dos jagunços
Destruições não pavimentam nenhuma via para o poder, mas podem insuflar os que têm cabeça e força para fazê-lo. Foi esse o perigo que rondou a capital federal no dia de ontem
O Natal da transição
Eleito por diversos partidos, Lula diz que o seu “não será um governo do PT”. Mas a “Frente Ampla” está suspensa no ar, instabilizada por setores petistas e pelas alas fisiológicas do Congresso.
As transições que nos desafiam
A melhor chance de sucesso do governo Lula está no fortalecimento da coalização democrática que o apoiou nas urnas do segundo turno
Os dois lados estratégicos da transição
Tanto quanto nas articulações de cúpula, o novo governo precisará se dedicar a convencer a sociedade de que é preciso virar a página e reerguer o País
