Burrice política e arrogância travam a terceira via
Quanto mais o centro democrático e a esquerda demorarem para se entender, mais trunfos encherão o cofrinho bolsonarista
Quanto mais o centro democrático e a esquerda demorarem para se entender, mais trunfos encherão o cofrinho bolsonarista
O jogo já está sendo jogado desde o ano passado, mas agora é como se começasse um segundo tempo na competição
A construção de um “terceiro” nome para 2022 está longe de ser simples, nesse País politicamente tão fragmentado e no qual os partidos contam menos a cada dia.
A civilidade e o esforço para buscar o que une sem esconder divergências foram o ponto alto do encontro realizado ontem entre presidenciáveis do DEM, do PDT e do PSDB
Morte de Bruno Covas, prefeito de São Paulo, tira do PSDB um articulador importante, fiel à origem social-democrática do partido
Aumentou a percepção de que a dispersão pesa como ameaça real sobre todos os candidatos. Cabeças batem sem que se consiga agregar ou unir. No mínimo por isso, o manifesto por um “Polo democrático e reformista” pode cumprir papel relevante.
Ocupá-lo é uma necessidade. Sem ele nenhum sistema político ganha fluidez. No Brasil, o desafio passa pela reconstrução de algo que, em boa medida, foi a força propulsora da redemocratização. Como a vida mudou e a política entrou em parafuso, reconstruir o centro tornou-se ao mesmo tempo problema e estratégia.
Um “centro” sem a esquerda democrática terá reduzida potência reformadora e tenderá a ser hegemonizado pelo conservadorismo. Um centro democrático inteligentemente inclinado para a esquerda, por sua vez, poderá organizar uma agenda com sensibilidade social e disputar as multidões.