Os novos termos do jogo político e social

ENTREVISTA. Quando pensamos em “redes e ruas”, abrimo-nos por inteiro para a sociabilidade contemporânea. Vivemos cada vez mais intensamente em redes sociais e das redes passamos para as ruas, indo do virtual para o presencial. As redes estão fazendo com que mudemos nossas preferências em relação a muitas coisas. Produzem cultura e alteram o modo como nos comunicamos.

Revisitando a obra de Gramsci

ENTREVISTA. O jornalista Leonardo Cazes elaborou uma reportagem para O Globo sobre Gramsci, os 80 anos de sua morte e a recepção de sua obra no Brasil. Como parte desta elaboração, me apresentou algumas questões, que respondi por escrito.

A reportagem foi publicada no dia 26/4/2017 no Caderno Prosa & Verso do jornal.

Os 80 anos da morte de Gramsci

No dia 27 de abril de 1937, morreu Antonio Gramsci. O filósofo comunista era então um “homem livre”, já que sua pena de detenção havia terminado em 20 de abril, poucos dias antes de ser derrubado por uma hemorragia cerebral que paralisou a metade esquerda de seu corpo e não pôde ser estancada.

Oitenta anos depois, Gramsci está mais vivo do que nunca.

Quando a política sangra a céu aberto

O fundamental e os nomes já eram conhecidos, circulavam há tempo. Mesmo assim a “lista de Fachin” causou enorme rebuliço e praticamente paralisou o País. Provou não só que os nervos estão à flor da pele, como que o universo político — todo ele, de cima a baixo, da esquerda à direita — ingressou em deterioração acelerada. “Septicemia republicana”, escreveu Vera Magalhães em sua coluna no Estadão de hoje. Imagem forte, mas fiel aos fatos.

O “estrago” passou agora a ser oficial. Inquéritos foram abertos contra oito ministros de Temer, 24 senadores, 40 deputados, três governadores. São 20 nomes do PT, 17 de PMDB, 13 do PSDB. Oposição e situação igualmente contempladas. Um alvoroço compreensível.