Liberati, meu amigo artista
Ele estava além da charge e do cartum. Dominava como poucos o desenho. Era fera no bico-de-pena. Culto e bem informado, fez coisas lindas. Um artista pleno.
Ele estava além da charge e do cartum. Dominava como poucos o desenho. Era fera no bico-de-pena. Culto e bem informado, fez coisas lindas. Um artista pleno.
Saga amorosa dos avós nos leva a um passeio por Minas e Portugal e serve de base para uma bela demonstração de resiliência
Nas visitas que fez à redação do semanário comunista ‘Voz da Unidade’, o grande jornalista demonstrava que jornalismo se faz sem obediência a muros ideológicos, à base de muita conversa, disponibilidade e abertura de espírito.
Quando órgãos de imprensa tomam posição, não estão em jogo somente os interesses econômicos das classes de que fazem parte seus proprietários. Entram em cena outros aspectos, importantes e eventualmente decisivos.
Minha experiência no “Opinião” foi bem adequada para um recém-formado que precisava se afirmar para si próprio. Aquele foi um período de “fúria metodológica”: julgava tudo (livros, autores, editores, leitores) por um metro altamente discutível, o da maior ou menor fidelidade ao método de Marx. Não havia livro que me satisfizesse.
Sempre me deixei levar por tentações envolventes, que me arrebataram e muitas vezes me confundiram. Apesar disso, não creio que tenha evoluído como um ser dividido. Hoje, considero que a tensão que me tem sido constitutiva como intelectual é a responsável maior pelo “equilíbrio” que julgo ter alcançado na vida profissional e pelo modo como se dá minha inserção no mundo das ciências sociais.