Nó tático, desentendimento e apatia democrática
A troca das vestes presidenciais é um dado a ser considerado com atenção, mas não altera nem a correlação de forças, nem a conduta governamental.
A troca das vestes presidenciais é um dado a ser considerado com atenção, mas não altera nem a correlação de forças, nem a conduta governamental.
Reposicionamento de MDB e DEM dificulta manobras do governo Bolsonaro e modifica a dinâmica política
Em artigo do final de 2019 procurei analisar a crise dos partidos políticos, vendo-a como expressão das transformações estruturais que dificultam o fortalecimento da democracia
Bolsonaro cava uma trincheira para proteger seu crescente isolamento. Seu governo flerta com a crise institucional.
Palavras influenciam, são recursos de hegemonia. Podem educar, iludir, inflamar, envenenar. Precisam ser decodificadas.
O partido resolveu terceirizar o processo de seleção de candidatos. A aposta é que o bom governante deve ser um gestor modelado pelo mundo empresarial, um executivo que não precisa nem deve ser político.
Para as forças democráticas, a ideia de “centro” é preciosa, mas precisa ser qualificada com rigor. Sem isso, dificilmente exibirá face rejuvenescida e não conseguirá se desvencilhar do que já se tentou fazer no passado, sem grande sucesso. Terá reduzido poder de sedução
O trabalho de construção de frentes democráticas reúne o destemor do leão, o trabalho incansável da formiga e a malícia da raposa. Não avança somente com manifestos e declarações de apoio. Frentes precisam de propostas claras, gestos eloquentes de sacrifício dos interesses particulares em nome de um interesse comum.