Subindo o tom: e agora?
Um presidente desqualificado como estadista, que não governa e se dedica a agitar as águas em benefício próprio, indica que o País está entregue a si próprio, obrigado a extrair o máximo de suas forças para seguir em frente.
Um presidente desqualificado como estadista, que não governa e se dedica a agitar as águas em benefício próprio, indica que o País está entregue a si próprio, obrigado a extrair o máximo de suas forças para seguir em frente.
O recurso ao impeachment poderá catalisar o mal-estar que hoje, impregnado de horror, medo e repulsa, se espalha pela sociedade.
A crise está exposta, inflamada pelo Palácio do Planalto. E quanto antes ela for efetivamente enfrentada, melhor.
Subserviência do ministro da Saúde reflete capitulação típica do negacionismo. A falta de diretrizes causa tanto dano quanto a pandemia. Desnuda a ausência de governo e de gente qualificada nos postos-chave do Estado
Os democratas brasileiros – de centro, liberais, conservadores, de esquerda – se deixaram dividir por excessos, querelas ideológicas, batalhas infrenes de poder. Agora, chegaram à hora da verdade.
É preciso olhar o todo. O perigo que nos ameaça vem da falta de governança, do atrito artificial criado entre alas, pessoas e autoridades
O Brasil entrou no século XXI convencido de que o pior havia ficado para trás. Aos poucos foi ficando claro que as coisas não eram tão simples. Um caminho socialdemocrático poderia ter sido adotado. De uma eleição a outra, porém, tucanos e petistas se dedicaram a uma obra de destruição recíproca.
As pessoas estão indignadas, machucadas e frustradas com promessas e expectativas que vieram lá de trás. Mas ao menos por ora não demonstram achar que o grito uníssono de “fora Temer” possa mudar alguma coisa.