A mentira e a namorada
Bolsonaro não compreende que homens públicos devem atuar para informar a população, educá-la, dar-lhe exemplos dignificantes e prepará-la para a vida em comum
Bolsonaro não compreende que homens públicos devem atuar para informar a população, educá-la, dar-lhe exemplos dignificantes e prepará-la para a vida em comum
Urdida com a conivência ativa da Presidência, isenção tributária das igrejas é um crime contra a economia, um ataque à República e uma injustiça contra o povo
Os democratas brasileiros – de centro, liberais, conservadores, de esquerda – se deixaram dividir por excessos, querelas ideológicas, batalhas infrenes de poder. Agora, chegaram à hora da verdade.
Há um personagem sendo levado pelos aplausos fáceis, tirando vantagem da lentidão das instituições, jogando um partido contra outro, governadores contra prefeitos, povo contra povo.
Um novo Manifesto Republicano é tarefa democrática de primeira grandeza no Brasil atual
Afastando-se ou não Temer, as coisas seguirão as mesmas e o país chegará ao fim de 2018 como os mesmos recursos e a mesma elite política de que dispõe hoje. É um jogo de cartas marcadas, de correlação de forças congelada, de vazios petrificados.
Macron foge das rotulações ideológicas, mas suas propostas econômicas são liberais. Vangloria-se de incorporar “o melhor da esquerda, o melhor da direita e o melhor do centro”. Costuma se apresentar como “social-liberal”, dizendo-se disposto a reformar o sistema de proteção social francês sem alterar sua generosidade. Seu programa e seu posicionamento, porém, são confusos.
Pode-se dizer que delação não é prova ou que faz parte do mesmo “golpe” que afastou Dilma da Presidência. Pode-se dizer que os Odebrecht deitaram e rolaram como verdadeiros donos do Brasil e agora estão querendo livrar a cara, descarregando tudo nas costas dos políticos.
Pode-se dizer o que for, mas não há como fazer de conta que nada ocorre de extraordinário, que as delações derivam de pressões indevidas ou que o Brasil se converteu numa “Nação de delatores”.
Com a divulgação das delações dos executivos da Odebrecht, o espanto se combinou com o mal-estar, tamanho foi o buraco que se abriu. Dinheiro sendo distribuído a rodo, a partir de extorsões feitas por pessoas empoleiradas no topo do poder e impulsionadas pela volúpia de empresas que escolheram correr o risco de dilapidar seu patrimônio ético e material.