As ruas de abril

Se alguma mobilização popular quiser ser vitoriosa no Brasil ela terá de ir além de Lula. Terá de se por com clareza o tema da corrupção e dos males que acarreta para a democracia, a questão da impunidade dos poderosos – de todos eles, da esquerda à direita –, a questão do valor da Constituição e das instituições dedicadas à sua defesa e interpretação, como é o caso do STF.

A intervenção no Rio, a segurança, a política

Havia no Rio um governo semimorto, comido pela corrupção, pela falta de credibilidade e pela inoperância. Esse governo agora morreu de vez. Com ele, é de se esperar que se dissolva todo um sistema que abocanhou o Estado e o converteu em reserva de caça. Se o modelo a ser inventado pela intervenção federal conseguir cercar a criminalidade que se alimenta da corrupção política, um passo será dado.

Precisamos conversar sobre o Lula

A condenação de Lula não é o fim de Lula, nem significa sua inelegibilidade. Seu destino pode passar pelas urnas de 2018, mas está mesmo nas mãos dos petistas que ainda cogitam ter um partido de massas efetivamente democrático e reformador.

Sobre tribunais e miudezas da pequena política

Afastando-se ou não Temer, as coisas seguirão as mesmas e o país chegará ao fim de 2018 como os mesmos recursos e a mesma elite política de que dispõe hoje. É um jogo de cartas marcadas, de correlação de forças congelada, de vazios petrificados.