Moro foi parcial. Mas e o sistema de Justiça, como fica?

As coisas devem ser contadas como de fato ocorreram. Lula foi condenado em segunda instância e preso em abril de 2018. Desde o início, o processo contra ele esteve cercado de dúvidas, liminares  e escaramuças judiciais, que formaram uma sujeira espessa que atravessou os anos. As alegações que o incriminavam eram muitas e falava-se que … Ler mais

Virando a página para trás

É difícil avaliar a repercussão e os desdobramentos da decisão de Edson Fachin que, de uma só vez, monocraticamente, considerou sem validade todas as condenações de Lula. O ministro decidiu que a Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar os processos do ex-presidente, remetendo-os à Justiça do Distrito Federal.

  • É mais fácil pensar no que a motivou. Muito se especulou que Fachin sabia que seria derrotado na Segunda Turma, antecipou-se a ela e deve ter tentado esvaziar a provável suspeição de Sergio Moro, artífice das condenações. Se houve isso e a manobra terá sucesso não se sabe. Depois que se decidiu liberar a Lula os áudios da Vaza-Jato, era só questão de tempo soltar as amarras do ex-presidente, fazendo com que os processos voltassem à estaca zero.

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Entrevista | “O céu é o limite para a Lava Jato após prisão de Lula”

Preso ou solto, Lula continuará vivo. Não há como ser sumariamente descartado da política brasileira. Há muitos recursos que podem ser mobilizados em termos simbólicos, ideológicos, organizacionais e partidários para mantê-lo ativo, seja como fator de interferência na política, seja como mito, herói ou mártir.